segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vamos transformar Brasilia em um time de futebol

Ufa...depois de quase dois meses afastado, estou de volta. Quero, primeiramente, agradecer as manifestações de apoio e acompanhamento ao meu blog que recebi de várias pessoas. Obrigado mesmo! Esclareço também que a falta de atualização é meramente falta de tempo e não de vontade. Mas vamos lá...
Quem acompanha os noticiários esportivos do cenário nacional pôde, no final do mês passado, assistir a mais um lamentável episódio envolvendo a violência nos estádios. Depois de perder para o Vila Nova pela segunda divisão do campeonato brasileiro, a equipe da Portuguesa teve o vestiário invadido por torcedores que, armados, cobravam melhor atuação do time ameaçando até mesmo a vida dos jogadores porque estes perderam um jogo.
Esta não é a primeira e nem será a última vez que episódios como esse acontecem. Mas o que me deixa atônito e "encafifado" é o porque não se vê impetos como esse na defesa dos direitos e da soberania popular.
Um time de futebol é formado por 11 jogadores, mais comissão técnica e etc que, ganhando ou perdendo, recebem seus salários (gordos por sinal) e que sua vitória ou derrota nada muda na vida de seus torcedores. Um time tem que perder para que o outro ganhe. Que crime há nisso?
A pergunta que não quer calar é: Porque o povo não se manifesta da mesma maneira contra o que acontece em Brasília, por exemplo? Porque não há o mesmo ímpeto na defesa de seus direitos? Contra a corrupção? Porque não há revolta contra os desmandos da classe política desse país que interferem diretamente no bolso e na vida do povo? Porque não se pega em armas quando se fala na volta da CPMF, ou quando se trabalha cinco meses por ano somente para pagar impostos que deveriam ser utilizados em saúde, transporte, educação e outros tantos setores que, pelo tanto que se paga deveriam ser de qualidade e na realidade nao passam de engodos?
Será que as coisas em Brasília não seriam diferentes se o povo agisse na defesa de seus interesses, de sua comunidade e de sua soberania como agem na defesa de seu time?
O que sugiro é que transformem Brasília em um clube de futebol.
Que se crie uma torcida organizada como a Mancha Verde, Gaviões da Fiel para acompanhar os "jogos" realizados na Câmara, no Senado e no Palácio do Planalto. E porque não nas Câmaras e Prefeituras municipais?
E que, a cada jogo que o povo brasileiro perca da imoralidade, da falta de ética e da bandalheira, essa torcida organizada entre nos "vestiários" armada, descendo o sarrafo, ameaçando e cobrando seus direitos.
Quem sabe assim o "campeonato brasileiro" não seja diferente, com o povo gritando: É campeão!

2 comentários:

  1. Tema FUTEBOL cada vez mais em alta:
    Concordo com você meu querido! Porém quero lembrar uma coisa, importante na hora de formar uma torcida:
    Minha irmã me convenceu, eu convenci meu sobrinho, que posteriormente convenceu sua esposa e seus filhos...
    Quem me convencerá a torcer por algum político assim como se torce no futebol??? Quando nascerá a paixão verdadeira... dessas que mesmo meu time sofrendo derrotas eu continuo com a ele e não troco de time?
    Nesse caso... os políticos trocariam de partido dizendo que foi cobrança da torcida... como acabou de fazer o Internacional com o seu técnico. Trocou o Tite por pressão da torcida.
    Mesmo assim... sua idéia é muito boa... principalmente no momento de invadir para "cobrar" ehe h eh
    Abração

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  2. Concordo contigo que a torcida deve sair a defender seus direitos de gente e não a do rodar de uma bola que lhe distrai a atenção e lhe faz ficar de armas em punho para defender uma banalidade em vez de jogá-las fora e defender sua cultura contra barbaridades como a desses sheiks que proibiram na Arábia um desfile de Escola de Samba brasileira porque as mulatas estavam com pouca roupa. Problema é a pouca comida nas barrigas que é farta nas dos políticos dominantes. Aqui e no Oriente. Isso é o que a natureza humana não deve aceitar e lutar pela liberdade de se expressar e o direito de se alimentar, estudar e ser feliz.
    Hoje o futebol profissional virou novela das 8. Era tão lindo...

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